07/07/2014

As Comores : visita guiada na companhia de Albert Karaziwan

Entre duas deslocações em território africano, Albert Karaziwan, Presidente-fundador da SEMLEX, revela-nos o seu encantamento pelo arquipélago das Comores onde ele gosta de recarregar baterias sempre que pode.

Menos conhecido das agências turísticas e no entanto tão paradisíaco como tantos outros pelas suas paisagens e pela hospitalidade dos seus habitantes, o arquipélago das Comores engloba Mayotte e três outras ilhas reunidas sob o nome de União das Comores declarada independente em 1975 como República Federal Islâmica de África Austral, recorda em primeiro lugar Albert Karaziwan. Mayotte vota em favor da sua ligação definitiva à metrópole francesa em 1976 e torna-se um Território Ultramarino. 

De entre as outras três ilhas, a de Moheli distingue-se particularmente pelos seus encantos naturais. Dar uma volta na ilha perfumada de Djoumbé Fatima, uma caminhada nas praias de areias de ouro, uma saída para o mar até às ilhotas de Nioumachoi nomeadamente até à de Wenefou para observar os dugongos e as baleias, ou um passeio para visitar a aldeia das tartarugas (Itsamia) são algumas das muitas razões para visitar a ilha, diz-nos Albert Karaziwan. Poderá também observar os grandes morcegos Livingstone em Wallah ou aves raras e endémicas.

Essencialmente povoado por agricultores e pescadores, o país ainda não tem um turismo muito desenvolvido, por falta de infraestruturas adequadas. Além disso, a escassez é quase crónica, nomeadamente em água, em eletricidade, em combustível, às vezes até em produtos alimentares de base. Neste contexto, a dádiva de uma estação de purificação e de tratamento de água potável na ilha de Moheli pelo grupo belga Semlex dirigido por Albert Karaziwan representa um passo em frente. Especialista na implementação de soluções de identidade biométricas, a empresa Semlex exerce várias atividades no seio da União das Comores. Mas foi a título de oferta que procedeu à instalação de uma estação de tratamento de água que levará água potável a Mlabanda, uma aldeia da região de Djanbo. Assim, a inauguração da estação ocorreu no dia 14 de Abril de 2014 na presença de pessoas ilustres, de personalidades políticas como a Primeira- Dama das Comores, a Sra. Hadidja Aboubacar, e o Governador de Moheli e claro está Albert Karaziwan que se deslocou para a ocasião.

Para os amantes de sensações fortes, a visita do maciço vulcânico de Karthala na ilha de Grande Comore será uma atração incontornável aquando da chegada a Moroni, a capital do país. Mayotte, Moheli, Anjouan e a Grande Comore são nomes de renome no Mundo inteiro graças às suas profundidades, fazendo involuntariamente das Comores um lugar de mergulho muito popular. Dotado de uma fauna e flora esteticamente incríveis, a biodiversidade preservada do arquipélago faz dele um berço natural do ecoturismo.


As ilhas da Lua, igualmente conhecidas por Djouzrou AL Kamar, abrigam fortalezas, mesquitas, túmulos shirazis, cascatas, lagos, ilhotas, desertos e fundos submarinos. Testemunhas da história, essas riquezas são a herança que prova que as Comores foram um ponto de encontro de civilizações. A influência africana aparece em certas danças tradicionais como o Sambé e através das casas de palha, enquanto a arquitetura árabe se descobre como que por acaso durante um passeio pelas velhas vilas repletas de palácios e de almedinas. Apaixonado pela cultura comoriana, Albert Karaziwan indica que a língua do país é seguramente o elemento mais revelador desta mistura cultural, mistura de suaíli com algumas palavras e expressões provenientes do francês, do malgaxe e do árabe.